João Teodoro, presidente do Sistema Cofeci-Creci, alerta para os impactos da atividade humana no meio ambiente, na biodiversidade, nos habitats naturais e nas mudanças climáticas. Como podemos e devemos contribuir para um mundo mais sustentável?
O naturalista inglês Charles Darwin, que viveu entre 1809 e 1882, formulou uma das mais revolucionárias teorias sobre a vida na terra. Trata-se da Teoria do Evolucionismo, baseada na seleção natural provocada pela necessidade de adaptação às condições impostas pela natureza. Só os mais adaptados sobrevivem e se reproduzem, gerando novas espécies resistentes aos problemas naturais. As novas características são transmitidas às outras gerações, fazendo com que a população, então adaptada ao ambiente, viva e se reproduza normalmente.
Os estudos de Darwin, porém, não se limitaram aos animais. A vida vegetal também foi explorada, e as conclusões foram semelhantes. Suas deduções foram expostas no livro “A Origem das Espécies”, em 1859. A tese darwiniana foi complementada e reafirmada cientificamente pelos estudos do biólogo botânico Gregor Mendel, seu contemporâneo. Embora a Teoria da Evolução não explicite contrariedade aos ensinamentos bíblicos, donde origina a Teoria da Criação, o entendimento mais comum é de que elas são contraditórias entre si. Porém...
Em artigo publicado em 2007, R. J. Berry afirma que se trata de equívoco contrapor os conceitos de criação e de evolução. Segundo ele, “Criação é um termo teológico que reconhece a dependência de tudo o que existe sob a autoria do Criador”; em complemento, a “Evolução refere-se à nossa compreensão atual de como Deus trouxe a diversidade biológica à existência”. Em outras palavras, devemos encarar as duas teorias como complementares, e não antagônicas. O importante é que saibamos reconhecer o milagre da vida sob todas as suas formas.
A evolução, processo que vem moldando a terra ao longo de bilhões de anos, é um dos maiores mistérios da natureza e, ao mesmo tempo, um dos mais belos fenômenos que podemos observar. A adaptação de diferentes espécies aos seus ambientes, a complexidade das relações com a ecologia e a capacidade dos organismos em se regenerarem são apenas alguns aspectos da enorme engenhosidade da vida. Opor toda essa maravilha “casual” à ideia de que ela pode ter sido criada por alguém superior, por Deus, não passa de desperdício neuronal.
Na realidade, a vida, em sua imensa diversidade, é um espetáculo que se desenrola a cada instante diante de nossos olhos. Só precisamos evoluir nossa capacidade de percebê-la e saber preservá-la. Desde as mais simples bactérias até os mais complexos organismos que habitam nosso planeta são manifestações que representam uma infinidade de formas, cada uma com sua própria beleza e singularidade. O encanto da vida, frequentemente ignorado, está até em coisas simples, como uma gota de orvalho caindo sobre a pétala de uma flor.
Enfim, a vida é um milagre, mas só Deus tem o poder de fazer milagres! Nosso papel é valorizá-la e protegê-la. Contemplando a beleza da natureza, podemos encontrar paz e inspiração para desenvolver um profundo sentimento de conexão com tudo o que ela proporciona. Os impactos da atividade humana no meio ambiente, na biodiversidade, nos habitats naturais e nas mudanças climáticas são uma séria ameaça à vida na terra. Por isso, neste 7 de setembro, pensemos: em que podemos e devemos contribuir para um mundo mais sustentável?
Sobre João Teodoro: O paranaense João Teodoro da Silva iniciou a carreira de corretor de imóveis em 1972. Empresário no mercado da construção civil, graduado em Direito e Ciências Matemáticas. Foi presidente do Creci-PR por três mandatos consecutivos, do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Paraná de 1984 a 1986, diretor da Federação do Comércio do Paraná e é presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis desde 2000.
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