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Dezembro de 2023 - Tempo de avaliar os resultados do ano

Terminaremos com crescimento em torno de 12%. Muito bom diante das incertezas iniciais. O futuro também é promissor. Saiba mais no artigo do presidente do Sistema Cofeci-Creci, João Teodoro!


Eu lembro que, no ano de 2009, o Brasil foi destaque de capa da revista britânica The Economist, como uma das mais promissoras economias do mundo. A capa do periódico mostrava o Cristo Redentor decolando como um foguete. A alegria durou pouco! Em 2013, quatro anos depois, o Cristo Redentor voltava à capa da mesma revista. Mas, então, desgovernado, em movimento de queda livre. Este segundo momento era o terceiro ano do governo de Dilma Rousseff. A metáfora referiu-se a dois momentos distintos da primeira era dos governos do PT.

 

Os desacertos do governo da atual “presidenta” do Banco Brics repercutiram em nossa economia até o ano de 2018. Inclusive no governo de Michel Temer, interinamente de 12 maio a 31 de agosto de 2016, até o final de seu mandato tampão. Em janeiro de 2019, Jair Bolsonaro assumiu, e iniciamos um período profícuo de recuperação econômica. Entretanto, desafortunadamente, em março de 2020, fomos surpreendidos pela decretação da pandemia. Obviamente, a boa expectativa que tínhamos assimilado transformou-se em desânimo generalizado.

 

Pois bem! Em janeiro de 2023, o Presidente Lula voltou ao poder em circunstâncias econômicas bem diferentes das de sua primeira experiência. Naquela época, o mundo passava por um ciclo de forte expansão, baseado na globalização proporcionada pela tecnologia. Esta, por sua vez, impulsionava o consumo por meio das redes sociais e do e-comerce. A China crescia 10% ao ano. Diferentemente, em 2023, além dos efeitos pós Covid-19, deparamo-nos com a guerra Rússia x Ucrânia e a consequente especulação nos preços do petróleo, energia e gás.

 

A inflação terminou 2022 em 5,78%, quando a meta era de 3,5%, limitada abaixo a 2% e, acima, a 5%. A meta de 2023 é de 3,25% ao ano (limites entre 1,75% e 4,75%). Neste momento (16/12/2023), o IPCA está em 4,68%, portanto, dentro do proposto. É possível que fechemos o ano em cerca de 4,5%. Todavia, para que a inflação fosse controlada, houve o outro lado da moeda: a elevação da taxa Selic, em que se baseiam os juros praticados na economia, inclusive o dos fundings imobiliários. Iniciamos o ano de 2023 com a Selic em 13,75% ao ano.

 

A Selic começou a baixar em agosto de 2023, de 13,75% para 13,25%. De lá até aqui, vem mantendo a queda de 0,5% a cada reunião do Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central. Em sua última reunião, em dezembro, 13, a taxa baixou para 11,75%. Aparentemente, isso é muito bom, mas pode reaquecer a inflação, que está sob controle justamente por causa da elevada taxa básica de juros. Esta é o principal e mais disponível instrumento de controle inflacionário. Para 2024, a expectativa é de que a Selic chegue ao final em 9,25%.

 

 No entanto o mercado imobiliário reagiu bem aos juros altos e também às dúvidas geradas com a entrada de um novo governo petista. O indicador de mercado Abrainc/Fipe deduziu que nos primeiros sete meses deste ano as vendas de imóveis foram 14,4% maiores que as do mesmo período anterior. Sem dúvida, terminaremos 2023 com crescimento em torno de 12%. Muito bom diante das incertezas iniciais. O futuro também é promissor. A Consultoria Grant Thorton/BR revela que 72% dos empresários são otimistas em relação a 2024.



O paranaense João Teodoro da Silva iniciou a carreira de corretor de imóveis em 1972. Empresário no mercado da construção civil, graduado em Direito e Ciências Matemáticas. Foi presidente do Creci-PR por três mandatos consecutivos, do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Paraná de 1984 a 1986, diretor da Federação do Comércio do Paraná e é presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis desde 2000.

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